sábado, 24 de março de 2018

Trabalhadores/as em educação decidem em assembleia pela continuidade da greve

Trabalhadores e trabalhadoras em educação lotaram o pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na tarde desta quinta-feira (22/03/2018), onde realizaram mais uma assembleia estadual, e decidiram continuar a greve. Uma nova assembleia foi marcada para 4 de abril.

Calendário aprovado

23/03 a 03/04  -  atividades de fortalecimento da greve; atividades com comunidade escolar e estudantes; articulação dos comandos estaduais de greve. Buscar a unificação de lutas com outros setores do funcionalismo público estadual.

27 e 28/03 -  Atos regionais (organizados pelas subsedes e comandos locais de greve).

28/03 -  participar do Dia Nacional em memória da Marielle Franco.

04/04  - Assembleia Estadual.

Entenda a luta dos profissionais da educação

Em 2015, após sete anos de lutas pelo pagamento do Piso Salarial, três grandes e intensas greve, dois acordos descumpridos pelos governos, finalmente, a categoria conquistou uma lei estadual com a política do Piso Salarial Profissional Nacional.

A Lei Estadual 21.710/15 garantiu o pagamento de vencimento básico e não mais o subsídio, os reajustes anuais do Piso e estabeleceu uma política de pagamento e incorporações de abonos para que, em julho de 2018, finalmente, o Governo de Minas pague o Piso Salarial.

Desta forma, a categoria aceitou um processo de longo prazo, abriu mão, naquele momento, de várias outras questões salariais e de carreira com o objetivo de conquistar o Piso Salarial. Importante destacar que ao conquistar uma lei, seria possível evitar o desgaste de iniciar a mesma luta a cada ano, garantindo uma política permanente.  No entanto, contrariando a legislação estadual e o próprio acordo assinado, o governo estadual acumulou dois reajustes (2017 e 2018) sem o pagamento à categoria.

Se forem consideradas as recentes decisões sobre parcelamento do 13º salário, adiamento do ano escolar, escalas de pagamento, suspensão das nomeações de concurso, além do não cumprimento dos reajustes do Piso Salarial e outras questões dos Acordos assinados, conclui-se que a posição do governo foi a de não realizar mais negociação com a categoria.

Foi com este contexto, além dos limites impostos pela legislação eleitoral, que o Conselho Geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) convocou a primeira assembleia estadual já para o primeiro mês do ano escolar e com indicativo de greve, no dia 8 de março.

Fonte: http://www.sindutemg.org.br/novosite/conteudo.php?MENU=1&LISTA=detalhe&ID=9868

quinta-feira, 15 de março de 2018

A greve continua

Prezada comunidade escolar,

Em assembleia realizada hoje a categoria dos trabalhadores da Educação da rede estadual de Minas Gerais votou por unanimidade pela manutenção da greve, tendo em vista que não houve propostas por parte do governo sobre o pagamento do Piso Salarial, fim do parcelamento dos salários e do 13º salário até o momento!  Foi aprovado calendário de mobilização com a comunidade e nova assembleia para 22/3.

Das 11 escolas de Ouro Preto, até o momento 9 aderiram à greve:

- Padre Afonso (parcialmente)
- Dom Pedro (só o técnico funcionando)
- Horácio (100% parado)
- Polivalente (100% parado)
- Dom Velloso (parcialmente)
- Amarantina (100% parado)
- Santa Rita (100% parado)
- Daura (parcialmente)
- Antônio Pereira (parcialmente)

Precisamos unificar a força. É muito importante o apoio de toda comunidade. A luta é em prol de toda sociedade, buscando melhores condições de trabalho, valorização do profissional da educação, com objetivo de avançar (mesmo que aos poucos) para um ensino cada vez mais de qualidade.

Para  mais informações sobre a mobilização de greve: http://www.sindutemg.org.br/novosite/conteudo.php?MENU=1&LISTA=detalhe&ID=9857

segunda-feira, 12 de março de 2018

Reunião sobre a greve


Carta aberta à comunidade escolar

As trabalhadoras e trabalhadores pró-greve da Escola Estadual Dom Velloso vêm comunicar e apresentar à comunidade escolar os motivos pelos quais nossa categoria aprovou greve a partir de 8 de março deste ano, em assembleia estadual representada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).
Temos clareza de que a greve é um transtorno na vida de todos/as, pais e estudantes, inclusive para os/as trabalhadores/as da educação que depois terão que repor os dias paralisados enquanto seus familiares e não grevistas vão usufruir das Férias, da Família e das Conquistas que da greve resultaram. Apesar dos transtornos, a greve é nosso instrumento mais eficiente e constitucional, é a voz daqueles/as que não são ouvidos e não conseguem assistir à morte diária da Educação Pública e nada fazerem.
Em 2015, passados sete anos de lutas pelo pagamento do Piso Salarial (pagamento mínimo estabelecido por lei), depois de desgastantes greves, e acumulados dois acordos descumpridos pelos governos, finalmente, a categoria conquistou uma lei estadual com a política do Piso Salarial Profissional Nacional. Essa lei garantiu os reajustes anuais do Piso e estabeleceu uma política de pagamento e incorporações de abonos para que, em julho de 2018, finalmente, o Governo de Minas pague o Piso Salarial.
Desse modo, aceitamos um processo de longo prazo, abrimos mão, naquele momento, de muitas outras questões salariais e de carreira com o objetivo de conquistar o Piso Salarial.  No entanto, contrariando a legislação estadual e o próprio acordo assinado, o governo estadual acumulou dois reajustes (2017 e 2018) sem o pagamento à categoria.
Além de tudo isso, nossa categoria está sendo também prejudicada e desvalorizada tendo em vista as decisões sobre atraso e parcelamento dos salários e do 13º, adiamento do ano escolar, suspensão das nomeações de concurso, prestação precária de serviço médico, o não repasse de verbas de manutenção das escolas, dentre outras questões. Concluímos, portanto, que a posição do governo foi a de não realizar mais negociação com a categoria, fato esse que desencadeou a mobilização de greve.
Lutamos para que amanhã exista a possibilidade de seu/sua filho/a, ou o/a filho/a dos seus/suas filhos/as, ter acesso à uma Educação Pública e de Qualidade, com profissionais bem remunerados/as, saudáveis e autorrealizados/as em suas profissões. Apesar dos desgastes, todos/as somos educadores/as e, portanto, também exemplos de lutas para os jovens de hoje. A greve também é um instrumento de formação cidadã.
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Formato em imagem para divulgação:

quinta-feira, 8 de março de 2018

GREVE CONTINUA

Prezados estudantes e pais, em assembleia estadual hoje a categoria das trabalhadoras e trabalhadores da Educação de Minas Gerais aprovou manutenção da greve por tempo indeterminado pelo fato de o governador não apresentar proposta para cumprimento dos acordos assinados com a categoria desde 2015.


Na próxima quinta, 15/3, faremos nova assembleia para deliberar sobre os rumos do movimento.


Atenciosamente,
Anderson